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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Normalização

Normalização A normalização consiste na austenitização completa do aço, seguida de resfriamento ao ar. Tem por objetivo refinar e homogeinizar a estrutura do aço, conferindo-lhe melhores propriedades do que o recozimento. É indicado normalmente para homogeinização da estrutura após o forjamento antes da tempera ou revenimento. Se compararmos a estrutura normalizada da recozida tem-se na estrutura normalizada: · Num aço hipoeutetóide, possivelmente menor quantidade de ferrita proeutetóide, e perlita mais fina. Em termos de propriedade mecânica a dureza e a resistência mecânica mais elevada, ductilidade mais baixa e resistência ao impacto semelhante. · Num aço hipereutetóide, menos carbonetos em rede ou massivos, e distribuição mais uniforme dos carbonetos resultantes, devido a dissolução para a normalização do que para revenimento. A Normalização pode ser usada: 1. Refino de grão e homogeinização da estrutura visando obter melhor resposta na tempera e

Cementação

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A cementação gasosa é um tratamento termoquímico e, consiste, em "carbonizar" a camada superficial da peça. Para isso ela é envolvida num "cemento", neste caso, gasoso, e aquecida durante um certo tempo a uma determinada temperatura. A temperatura permite a transferência dos átomos de carbono para a superfície da peça, que é processada por reacções químicas. Dá-se ainda a difusão do carbono para o interior da peça, que consiste, portanto, numa migração dos átomos de carbono. A peça "carbonizada", na superfície, é temperada a partir da temperatura prescrita, ficando a camada cementada com dureza elevada, enquanto que o núcleo, cuja composição se mantém, conserva a sua tenacidade e praticamente não sofre qualquer aumento de dureza. O teor em carbono diminui progressivamente da periferia para o interior da camada cementada. Fala-se por isso, na profundidade de cementação, que é normalmente considerada como a distância da superfície até ao ponto em que

Alívio de Tensões

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Alivio de Tensão em soldas O Alivio de Tensões em juntas soldadas é necessário para evitar a falha prematura causada pelas tensões residuais. Existem dois tipos de tratamento de alivio de tensões pós-soldagem: Um deles é o alivio térmico, conhecido como tratamento térmico de alívio de tensões (TTAT), o outro é o alívio mecânico, também conhecido como martelamento, cuja aplicação é polêmica. O Alivio térmico de tensões ocorre devido à diminuição dos valores do escoamento e resistência, com o aumento da temperatura, significando que o material pode ser deformado em menores níveis de tensão. Pré-aquecimento é utilizado para: 1. Reduzir os níveis de tensões residuais durante o processo de soldagem, reduzindo a velocidade de resfriamento e facilitando a acomodação das tensões

Revenimento

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Revenimento Após um tratamento térmico de têmpera a microestrutura resultante é predominantemente martensítica. Esta fase apresenta altíssima dureza e tenacidade baixa. Para complementar a têmpera o tratamento térmico deve seguir com o revenimento da peça, resultando em um material que mantém alta dureza porém com a ductilidade e tenacidade típicas dos materiais metálicos. No revenimento a peça de estrutura martensitica é submetida a elevadas temperaturas porém aquém daquelas usadas no aquecimento durante processo de têmpera, e se necessário isto deve ser feito repetidas vezes. Feito em faixas de temperatura mais baixas o revenimento é muitas vezes chamado de alívio de tensões. Durante o tratamento de revenimento pode ocorrer a formação de fases frágeis ou a segregação de impurezas, de forma a diminuir de forma crítica a tenacidade do aço, isto é chamado de fragilização. Entre 260ºC e 315ºC poderá ocorrer uma diminuição da resistê

Recozimento

Recozimento O recozimento visa reduzir a dureza do aço, aumentar a usinabilidade, facilitar o trabalho a frio ou atingir a microestrutura ou as propriedades desejadas. O recozimento é composto de três estágios: Recuperação - Este primeiro estágio do recozimento é verificado a temperaturas baixas. Nele ocorre um re-arranjo das discordâncias, de modo a adquirir configurações mais estáveis, embora não haja, pelo menos aparentemente, mudança na quantidade de defeitos presentes. Não há nenhum efeito sensível sobre as propriedades do material. Recristalização – Em temperaturas mais elevadas, verifica-se grande alteração na microestrutura do metal, com variações nas propriedades mecânicas. A recristalização é um fenômeno de nucleação. Crescimento de Grão – A temperaturas mais elevadas, os grãos recristalizados tendem a crescer, mediante um mecanismo que consiste na absorção por parte de alguns grãos dos grãos circunvizinhos. A força propulsora do crescimento d

Têmpera

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Têmpera (metalurgia) O trat amento térmico de têmpera nos aços tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que proporcione propriedades de dureza e resistência mecânica elevadas. Neste processo, a região a ser temperada é inicialmente aquecida à temperatura de austenitização e em seguida, é submetida a um resfriamento rápido. A microestrutura resultante é composta predominantemente de martensita, uma fase que apresenta elevada dureza. Durante o processo de resfriamento, a queda da temperatura promove transformações estruturais que acarretam o surgimento de tensões internas. O desenvolvimento destas tensões internas, por sua vez, influencia a cinética das transformações de fase, alterando as temperaturas em que estas transformações ocorrem. Desta forma, é necessário conhecer o comportamento termomecânico do aço durante todo o processo para descrever adequadamente um tratamento térmico como a têmpera. A têmpera em aços é, portanto, um problema complexo que envolve o ac

Nitretação

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Nitretação A nitretação de metais é um processo que permite alterar as propriedades de dureza superficial, desgaste, corrosão e resistência térmica do material. São utilizados, por ordem de importância, no tratamento de metais ferrosos, metais refratários e, mais recentemente, de alumínio. O processo de nitretação de superfícies se aplica, entre outras, à indústria mecânica, automotiva, hidráulica, de deformação de metais, forjaria; siderúrgica, biomédica e alimentação. O processo é utilizado no tratamento de moldes de injeção de plásticos, de peças automotivas (válvulas, engrenagens, pistões, etc.), moldes de extrusão de alumínio, ferramentas de corte e usinagem de metais, punções de matrizes para corte em geral, tratamento de próteses, etc. Nas últimas duas décadas tem havido diversos progressos na tecnologia utilizada nos processos de tratamentos superficiais, principalmente com o desenvolvimento do método de nitretação por plasma em forno a vácuo e métodos de implantação iônica.

Classificação SAE

Classificação SAE (Redirecionado de SAE) A classificação dos aços segundo as normas da SAE (Society of Automotive Engineers - EUA) é a mais utilizada em todo o mundo para aços-carbono (aços sem adição de elementos de liga, além dos que permanecem em sua composição no processo de fabricação) e aços de baixa liga (aços com baixas porcentagens de elementos de liga). A classificação SAE é baseada na composição química do aço. A cada composição normalizada pela SAE corresponde a uma numeração com 4 ou 5 dígitos. A mesma classificação também é adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute-EUA) Um extrato contendo exemplos das classificações de alguns aços mais comuns é apresentado na listagem a seguir. No total são previstas muitas dezenas de classificações. Nelas, os 2 dígitos finais XX indicam os centésimos da porcentagem de C (Carbono ) contida no material, podendo variar entre 05, que corresponde a 0,05% de C, a 95, que corresponde a 0,95% de C. Se a porcentagem de C atinge ou ul